29.6.08

- eu torci o joelho,

, mas dessa vez ninguém veio me passar a matéria de ciências. nem trouxe deliciosas cartinhas patéticas, pedindo as minhas coisas (pois meu enterro era certo). dessa vez não tem desenhos no gesso, nem propagandas, nem nomes de amigos que não tenho.
torci o joelho, mas não tive festas no quarto.

mas da outra vez não tive que dormir de lado, porque a cama é pequena, mas o amor é grande. da outra vez, eu tive mão de mãe a me espalhar os medos, carro vermelho pra me levar pra casa. dessa vez paguei o carro e foi passarinho que me levou comida, na cama.

da outra vez, eu aprendi a chochetear. e dessa, fiz flôres. o tricô virou cachecol que vai virar presente, pra longe.

eu voltei a reconsiderar o que nem pensava mais. que a calçada dessa cidade garoenta não deixa andar quem tem em si debilidade. que ir e vir é presente, grande. que esperar do outro o que tem pra si, dói. a espera é uma angústia.
(que ficar longe do aquário mais é bom que ruim.)

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