7.7.08

solidões.

minha casa ficou vazia,
tinha êle uma solidão, que juntou com a minha, fez-se riso.
chegou ela, pra graça do seu ar
o outro êle, depois, pra encher a cama.

veio mais uma ela, tocar a superfície
e êle mais, pra mergulho sem pestanejar.

baralho, cerveja, cigarro, sexo, lágrima.

foi bom o barulho,
foi bôa a comida,
até o cheiro e a bagunça estavam bons.
mas estava aqui, fria e pegajosa, solidão, roendo feito traça.



(foi só hoje, lavando os restos de alegrias forjadas foi que eu vi. eu não tava sozinha não. e com a caneca na mão, a janela - constantemente - escancarada, foi que eu vi. amigo não é coisa pouca. e enche boneca de pano. bem demais.)

2 comentários:

Cleyton Cabral disse...

vou te pô nos meus favoritos. =D

Cleyton Cabral disse...

vou te pô nos meus favoritos. =D