24.2.09

[essa cidade m'atravessa]

e então, sofro. de um jeito bem humano, bem simples, sofro.
o âmago desvira-se e o desmistério de não haver mais vida devia virar sorriso, revirar de olhos, mas não.
é d'uma solidão de dar pena.
dó.
do pó ao pó.

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sofre meu ventre, de ser botão. o ventre em flôr, nunca que verte-se mel, é sangue. latino, d'alma. sangue. sofre o mistério da sua fraca existência, de sua espera cotidiana.

espera o dia, espera a vez, espera o sal.







.eu só espero que o tempo saiba voar.

Um comentário:

Madalena disse...

Esperar 'é de doer, e é de força bruta'.
Só espera 'quem tem medo'.