23.6.10

Enquanto espero o dia lá fora,

aqui dentro não cabe tristeza, nem angústia. E nem venha me dizer que isso é estado de espírito, que é estado de cidade, mesmo, cidadezinha danada de linda, de doer. Tanto, que nem os quatro cariocas me conseguem fazer ser de lágrima.
Ouvir 'horizonte distante' sempre me fez sorrir. Isso sempre me lembrará o dia, que ainda não foi superado em doçura e tatuagem. Eu só desabava uma porção de mágoas e delírios, não que isso seja qualuqer novidade quando se pensa em mim; quando disse: penso em horizonte distante. E seus olhos castanhos e tão terrivelmente castanhos, me perguntaram: como na música?, e eu nem sabia que música era. Fez-se ali, talvez naquele malfadado segundo, um laço que se eu soubesse tão eterno, eu nem teria atado.
Não me prende ao passado - e cada dia que passa, eu me lembro ainda menos dos detalhes e mais das conjecturas, que foram poucas, quase nada - e sim me ata a qualquer coisa de possibilidade, de infinitude, que eu jamais vou me soltar. Acho que não por nada, Alisson, mas por eu ter eleito como a melhor história de amor que eu vivi, ou poderia ter vivido.

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