27.12.11

saudade.

não foi a minha avó fechando a cara, não foi nenhum discurso sobre a faculdade, não foi o silêncio e olhos brilhantes da minha mãe. não foram as luzes das janelas na paulista, não foram os bares na augusta.
só ela chorando de óculos escuros na esquina, às 11 da noite. xingando.

caralho, novinha, que isso?

1.12.11

penso quantas vezes em um dia quero te encontrar.

E, antes que eu consiga pensar como revidar os impropérios que o mundo diz, eu sei que você saberia a resposta. Mais que isso, que você saberia a resposta que eu preciso ouvir. Porque fazer as escolhas que fazemos não é fácil. Nunca foi.
Você tem aquela coisa enraizada em você. Aquela coisa que te faz ser linda, e forte. Eu não sei entender, eu só consigo olhar e me sentir tocada por isso. Porque você tem luz. Porque não me importa o quanto nós consigamos errar pelo caminho - e nós estamos erradas, não tenha dúvida - insistir no erro é o que devemos fazer. É o nosso devir.
É não aceitar as regras nas pequenas escolhas. Em cada uma dessas escolhas que me fazem querer desistir da vida. As minúsculas escolhas em que o nosso miniuniverso desaba, em lágrimas e bolhas de sabão.

Quando eu tomo consciência da sua existência, menine, eu sei que eu estou certa. Porque ter uma mão pra me amparar cada vez que eu sei que o próximo passo vai me lançar em mais um abismo dentro de mim, e se não houver um pé cravado na realidade, eu nunca mais voltarei. Você é a volta. A cura.
A cura pra desgraça de existir em mim.

(esse é meu jeito escroto de declarar amor. amor que não é boa noite.)