24.2.12

Lindoísmo (ou Os olhos da feia).

E antes que eu consiga pensar nos filtros sociais e introjetados, eu digo: todo mundo é lindo.
Se de cara a beleza escapa, olhe de novo. Veja, reveja, absorva os trejeitos, os mistérios, as pequenas rugas. O modo como os dedos se movem, a inclinação do rosto pra a risada, como relaxa os pés. O formato dos olhos, o tom de pele, a curva dos lábios. A deselegância discreta dos esmaltes roídos, a barba rala que insiste em não crescer. Cicatrizes nos joelhos, as marcas do tempo, os cabelos meio crescidos.
A gente acaba se acostumando com um bonito de revista, de papel. Ou um bonito real, mas um bonito só. Tudo tem beleza. Todo mundo é lindo, basta saber olhar. E treinar o olho pra belezas, deixa mais tempo para as outras experimentações...

Experimente outras belezas.

16.2.12

Tempos.

Arranquei meu coração do meio do meio do meu peito, porque ele já não mais cabia mais em mim. Lancei ao mar, para que Iemanjá cuidasse dele por mim. O mar o carregou para muitos e muitos anos atrás, as raízes se fizeram.
Assim, eu vivo uma vida num tempo que não é meu. E certas noites me lembram isso.

10.2.12

porto alegre.

na cidade da minha paixão. dentro de mim, pulsa tanto amor quanto sei pensar, quanto posso desenhar. amo, quando sinto, quando penso, quando sonho, quando digo. dane-se o mundo lá fora, quero amor-amor-amor.
eu amo indistintamente. e amo mais tu, que existe.


- e porto alegre, é só paixão.