9.4.12

Descaminhos.

E antes de olhar meus pés sujos ou seus cabelos grudados de suor, eu quis estreitar seus cheiros todos num abraço, sentir teus braços. Como se o tempo tivesse feito uma ponte no passado, todos meus desejos se juntaram, os medos se fizeram chuva. Molharam, se fundiram, desviraram medos, e deram espaço pra um amor muito solar.
O caminho foi longo, lento. Sei de todos os dias de saudade. Sei da gasolina. Sei dos sorvetes na lanchonete. E, ainda assim, me derramo de amor, em cada um dos minutos. Eu penso meus sentires como uma flor muito persistente, furando asfaltos, concretos. Brilhando muito senvergonhamente na cidade mais linda, pro meu amor mais lindo.
Meu velho amor novo. Meu amigo tatuado. Meu corazón.

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