18.3.14

ano novo.

essa angústia. não sei como dissolvê-la pelos anos a se passar. somos todos miseráveis, azuis e hipócritas.
essas lágrimas incontidas, a eterna dúvida sobre desejos, certezas, espelhos. lamento-culpabilizo essa leveza de âncora que meu espírito tem, quando eu só queria ser passarinho.
continuo sendo a chave e a solução do mundo, acredito nos astros e nos filósofos, nas plantas e nos abraços. duvido muito do amor, e isso é novo, errado e incômodo.
meu peito é de giz de cera, gesso e biscoito. meu peito é de sal de fruta, de fogos de artifício, de efeito moral. meu eu é qualquer coisa que eu queria poder transformar em versos, mas eu não posso. eu queria ser filme, poesia, história e sonho, mas a vida é real e todo dia, e isso não será simples sempre.

sobreponho as ideias tentando encontrar quem eu sou. não consigo aceitar que não posso. eu nunca fui boa em reconhecer os limites.
morro de saudades. vou me equilibrando, só o bastante pra não cair. esperando que os dias se consumam mais depressa.

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